sábado, 23 de maio de 2009

I'm learning to survive without you in my life
'Til you come knocking at my door...

You say you wanna a revolution...

terça-feira, 5 de maio de 2009


Centenas de alunos reunidos no final da tarde na frente da universidade unidos para protestar contra abusos do governo em cima do direito de meia-passagem/entrada. Não, não foi de novo na UFRJ, nem em SP, ou outra cidade. Quase inacreditavelmente, estudantes manauaras fizeram um senhor manifesto hoje. Ontem, começaram mais tímidos; hoje uma multidão, cercada por PMs, literalmente parando o trânsito para se fazer ouvir. Não pude sair de carro da UFAM, mas fui caminhando até o local do protesto, sentindo muito orgulho dos meus colegas que se juntaram à causa. No caminho, ouvia de outros estudantes extremamente aborrecidos coisas como "bando de vagabundos baderneiros, eu preciso trabalhar!" (ao que foi devidamente respondido com: "todo mundo tem o que fazer aqui, mas dependemos de meia passagem, por isso protestamos!").
Eu também precisava ir para o trabalho do outro lado da cidade, e estaria bastante atrasada se não pedisse carona ao meu pai. No entanto, não me incomodei, e não me incomodaria (tanto) de ficar presa porque eu lembro bem da época que andava de ônibus e as latas velhas apertadas e nojentas que nos oferecem como transporte público não valem cada centavo exigido. Gente reclamando por já ter metade do tanque de gasolina diminuído, era algo comum entre os carros parados. No entanto, esse meio tanque gasto hoje não vai repercutir na vida destes motoristas por 4 anos, como o que acontecerá se o projeto de lei de limitação de meia-passagem e proibição da mesma nos fins de semana for aprovado. Vejo os comentários desse tipo como a prova concreta do tamanho egoísmo das pessoas. Se não te afeta, tá tudo bem né? Se o problema é o bolso dos outros, então tá bom! Havia também o cúmulo de gente comentar que sentia falta dos militares. Porque a época da ditadura foi de ouro! Porque havia ordem, lei e progresso! Além de muita opressão, violência gratuita, ameaças silenciosas e paranóia generalizada. Ah, que saudade dos militares!

"Somos uma geração sem peso na história.
Sem propósito ou lugar.
Nós não temos uma Guerra Mundial.
Nós não temos uma Grande Depressão.
Nossa guerra é a espiritual.
Nossa grande depressão, são nossas vidas."

"Guerra, fome, violência, isso não nos interessa, o que nos interessa são revistas importantes, televisões com 500 canais, marcas famosas nas minha cuecas, viagra...será que é assim mesmo que temos que ser?

"Só depois de perdermos tudo é que estamos livres pra fazer qualquer coisa."


We cannot be Jack's wasted life anymore.

 
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