quarta-feira, 12 de maio de 2010
Escrevo dessa vez sobre algo constante na minha vida - ser procurada pelos amigos para ouvir as mágoas, os desassossegos, as aflições e eventualmente comentar de forma despretensiosa do meu ponto de vista (grandes merdas ele, sério!). Há quem ache que eu deva ter cursado psicologia, mas a questão é que eu não tenho a pretensão de classificar o tipo de perturbação de ninguém, dizer como devem proceder diante de um problema, como tem que viver...! Só sei ouvir. Só sei do que vivi (e compartilhar o aprendizado das experiências). E se os dois fatores fazem de mim uma boa amiga, que bom! Eu sempre fico bem feliz quando alguém se sente melhor e tenha um dedo meu nisso. Mas fiquei cá pensando com meus botõezinhos...como me dedico a tentar ajudar os outros nos seus dilemas pessoais e parece que nunca sou capaz de resolver os meus próprios. Por que que a dor do outro tem solução e a nossa não, hein?
De forma não intencional, tenho agido que nem a Amélie. Entrelaçada na vida de todos e bagunçando a própria, ou mesmo, não fazendo nada, achando que tem ossos de vidro. Ser o chão de outrem sem ter um próprio. Se é bom, se é ruim, nem sei. Só é.
"Talvez ela esteja fazendo tudo para consertar a vida dos outros. Mas e a dela? A vida dela, quem é que vai arrumar?"
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